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terça-feira, 2 de dezembro de 2014

O Papel das Redes Sociais a Nível Político



A nível político, a arte de comunicar sempre foi crucial. É necessário saber-se inovar e discutir novas possibilidades de se chegar às pessoas. Com o surgimento da Internet, houve uma nova esperança de que tudo o que fosse publicado poderia ser visto no mundo inteiro. Esta esperança, durante muitos anos, foi sustentada pela hipótese de que a democratização da comunicação se iria consolidar.

Os profissionais do Marketing Político têm assim, a árdua tarefa de delinear e definir estratégias a implementar nas redes sociais. Aqui, só existem dois vereditos: o fracasso ou o sucesso.

Num artigo de opinião, publicado a 5 de dezembro de 2013 pelo jornal Expresso Online, o jornalista Henrique Monteiro adverte-nos para uma situação polémica, mas que é hábito nas redes sociais.

"Um grupo de jovens passistas que utilizam blogues, tweets e posts no Facebook para promover o seu querido líder, Passos Coelho, e denegrir a quem ele se opunha. A novidade foi um dos autores da tramoia ter dado a cara através de uma tese, mas todos os que frequentam ou frequentavam o Twitter e o Facebook já desconfiavam dessas táticas a que, aliás, o PS de Sócrates não é nem foi alheio".

As redes sociais são isto, um espaço virtual onde tudo é possível. Onde os apoiantes de partidos políticos trocam ideias e, onde às vezes, existem insultos e piadas sobre a oposição.

Outro exemplo recente, do uso das redes sociais para fins políticos, foram as eleições presidenciais no Brasil. De acordo com a Agência Reuters, "sites como o Twitter e o Facebook, têm atraído cada vez mais políticos e, na eleição deste ano, tiveram maior importância em relação ao ato eleitoral anterior, na avaliação de Manoel Fernandes, sócio fundador da consultoria Bites, especializada em redes sociais".

Segundo um estudo do investigador da Universidade de Nova Iorque, Pablo Barberá, que teve por base 37 milhões de utilizadores do Twitter em três países - EUA, Espanha e Alemanha - indicou que as redes sociais permitem às pessoas ter uma mente mais aberta no que diz respeito à política.

A conclusão a reter deste estudo é a seguinte: "as redes sociais encorajam ligações entre pessoas com laços mais fracos. Em causa não estão apenas os amigos próximos, mas também colegas de escola ou de trabalho e até conhecidos dos conhecidos. Resultado? Esses indivíduos tendem a ser "politicamente mais heterogéneos", ao invés das redes pessoais imediatas dos cidadãos, o que faz com que fiquem expostos a mais perspetivas".

O investigador Barberá salienta ainda que, "nos Estados Unidos apenas uma pequena quantidade de diversidade é precisa para que as pessoas sejam mais moderadas (15%), ao contrário da Alemanha e da Espanha (35%). Ainda assim, os três países têm uma coisa em comum: a maioria dos utilizadores têm diversas redes sociais para que se tornem mais moderados com o passar do tempo".

O mais chocante exemplo, que marca a atualidade em todo o mundo, são os ataques de jihadistas do grupo Estado Islâmico, radicados no norte do Iraque. 
As constantes notícias acerca dos ataques bárbaros e das mensagens deste grupo, podem influenciar/iludir muitos jovens a juntarem-se ao Estado Islâmico. É sabido que, cada vez mais, muitos jovens, de todo o mundo, têm partido para a Síria.

As principais organizações internacionais, a União Europeia e os EUA unem forças, cujo principal objetivo é travar o grupo Estado Islâmico, assim como capturar os principais cabecilhas.

Mas, as redes sociais são igualmente utilizadas, pelas pessoas, para demonstrarem o seu descontentamento com a "desgovernação" do país.

A manifestação «Geração à Rasca», criada em 2011, foi um acontecimento marcante em Portugal. «A cabeça do protesto "Geração à Rasca", que começou na Internet, chegou ao destino final, no Rossio, onde foram feitas intervenções dos organizadores, nomeadamente a leitura do manifesto. A organização garante que estão mais de 200 mil pessoas concentradas em Lisboa e 80 mil no Porto».

De acordo com o filósofo e professor universitário, Viriato Soromenho Marques, o sucesso de uma manifestação "não depende só da forma, mas também do objeto a que se propõe a sua mobilização".

"Todos temos uma voz, nem que seja ilusória", acrescenta o psicólogo Miguel Pereira Lopes, para sustentar a ideia de que as redes sociais vieram "democratizar a comunicação".



Ver mais em:
http://issuu.com/andreiateixeira54/docs/o_papel_das_redes_sociais_na_socied


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