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domingo, 11 de janeiro de 2015

“A família somos nós que a escolhemos”…



Nem sempre nos sentimos felizes no seio da nossa “família de sangue”, por isso, temos a liberdade de escolher a nossa “família de afinidade”. E eu escolhi a minha. Tenho aqueles a que chamo de pais adotivos, tios do coração e irmãos. E, quando perdemos um membro que amamos, como nos sentimos?

Posso escrever sobre a dor, mas nunca conseguirei descrevê-la na sua totalidade. É uma dor que carrego todos os dias. É a saudade daquele abraço e das suas palavras sábias. É a saudade dele. Do meu irmão. E é a esperança que não passe de um pesadelo…

Passaram dois anos e ainda distingo o seu cheiro ou sei do seu abraço. Lembro-me da sua voz e do seu sorriso. Lembro-me dos nossos (inúmeros) momentos de irmãos. São meus e dele. Nossos…

Após a sua repentina partida, metade de mim partiu com ele. Sou outra pessoa. Que vive agarrada a um passado presente, cujas lágrimas são de raiva e de dor.

Comecei a questionar o que é a vida?! Ou a morte?! Qual o nosso principal papel na Terra?! De tudo o que vejo ou acredito, há mais para além disto. Há vida algures noutro lugar. Há uma nova forma de contacto com quem mais amamos. Eles não “morrem”.

Deixei de ter medo da palavra «morte». E todos aqueles momentos que me prometeu, mas que não está cá para os “cumprir”, ele há de estar presente, mas à sua maneira.

Engraçado como em dois anos o caminho que percorro é tão diferente. E as marcas do caminho que algum dia percorri vão desaparecendo, mas não se esquecem. Limitamo-nos a seguir em frente. Tornamo-nos outras pessoas…não sei se melhores ou piores.


E como ninguém substitui ninguém, ele há de ser eternamente meu. Meu irmão. Ou a minha estrelinha cintilante.

Se está vivo no nosso coração, então está vivo!



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